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BA

ADE Chapada Diamantina

Referência no trabalho em parceria com avanços na aprendizagem

Tecnologias desenvolvidas: Colaboração Intermunicipal em Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADE)
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ADE Chapada Diamantina e Regiões (BA): referência no trabalho em parceria com avanços na aprendizagem

O Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) Chapada Diamantina, na Bahia, existe desde 1997, coincidindo com o nascimento do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP) para ser parceiro técnico do território. É uma referência para as iniciativas de colaboração intermunicipal em educação no país. Essa trajetória de mais de 20 anos foi sistematizada com o Programa Melhoria na Educação para dar origem à tecnologia educacional Colaboração Intermunicipal: Arranjo de Desenvolvimento da Educação. Nesses dois anos de ciclo do programa, Enoque Francisco de Jesus, Dirigente Municipal de Educação (DME) de Seabra, diz que a tecnologia foi construída com base em muitas realidades e por profissionais da educação que exercem diferentes papéis, e por isso pode se adequar a outros contextos Brasil afora.

Os municípios participantes do ADE variaram ao longo dos anos, com ampliação da abrangência geográfica e até mudança no nome, que agora é Arranjo de Desenvolvimento da Educação Chapada Diamantina e Regiões. Fazem parte: Andaraí, Boa Vista do Tupim, Cafarnaum, Iraquara, Itaberaba, Morro do Chapéu, Mucugê, Oliveira dos Brejinhos, Seabra, Souto Soares, Tapiramutá, Xique-Xique, Ibitiara, São Félix do Coribe, Itaeté e Wagner, Lajedinho, Gentio do Ouro, Curaçá, Canarana e Marcionílio Souza.

A parceria entre os municípios pretende favorecer os processos de gestão das secretarias, funcionando como um instrumento de fortalecimento da gestão municipal, possibilitando a economia dos recursos, por exemplo. No contexto do ADE Chapada,o maior objetivo comum é a valorização e a formação continuada dos profissionais da educação, de técnicos da secretaria a professores, para melhoria dos resultados de aprendizagem dos estudantes. Janara Luiza Paiva Botelho Oliveira, uma das coordenadoras pedagógicas territoriais do ADE, conta que os municípios dividem a contratação da formação continuada, diminuindo os gastos individuais e possibilitando que até mesmo localidades com poucos recursos arquem com as despesas. 

Uma grande escola de formadores

“A educação está organizada em uma engrenagem, e ela é a força de tudo”, diz Janara, que explica como são estruturadas as formações continuadas: o Icep capacita os técnicos das secretarias, que ficam responsáveis por formar coordenadores pedagógicos e diretores das escolas, e eles, seus professores. Com isso, os conhecimentos são mantidos no grupo e há troca entre eles.

Em 2019 e 2020, além dos conteúdos já cotidianamente abordados nas formações, como os relacionados à leitura e escrita, fizeram parte os estudos sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a implementação dos currículos. 

Enoque reforça o senso de responsabilidade impresso a todos os envolvidos: a secretaria está sempre próxima do desempenho dos gestores escolares, que acompanha de perto seus professores, mantendo o cumprimento de combinados e o esforço pela manutenção ou ainda melhoria da aprendizagem de todos os estudantes, buscando a excelência. 

Quando há mudanças nos cargos dos profissionais, seja devido ao término dos mandatos da gestão municipal ou por reorganização da rede, muitos professores passam a trabalhar na secretaria e gestores voltam à sala de aula. “Nessa troca de cadeiras, todo mundo forma todo mundo. O que varia é o papel de cada um na engrenagem, contribuindo com diferentes experiências e criando autonomia profissional. Acreditamos que a continuidade dos programas de formação é que faz a diferença em nossa realidade. Estamos em um território marcado pela falta de muitas coisas, mas resultados expressivos de aprendizagem dos estudantes”, explica Janara. 

Durante a presença do Programa Melhoria da Educação, ela diz, o trabalho ficou ainda mais fortalecido, com trocas mais regulares e qualificadas entre as equipes. “O Melhoria da Educação possibilita o diálogo contínuo com outros gestores, parceiros técnicos e Itaú Social. Os municípios sabem a força que tem essa parceria, porque ela nos qualifica”.

O ADE Chapada contribui com as experiências em colaboração em muitos aspectos, entre eles mostrando que é possível transformar uma realidade, trabalhar em equipe mesmo enfrentando contextos desafiadores e perdurar a parceria por um longo período. E mais: ensina que municípios que têm objetivos comuns, mas poucos recursos técnicos e financeiros, conseguem chegar ainda mais longe se estão juntos.

O Melhoria da Educação possibilita a troca com outros gestores, parceiros técnicos e Itaú Social. Os municípios sabem a força que tem essa parceria, porque ela nos qualifica. Temos a oportunidade de dialogar e aprender continuamente."

Janara Luiza Paiva Botelho Oliveira
Coordenadora pedagógica territorial do ADE Chapada Diamantina e Regiões (BA)
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